O imperfeito perfeito

Ela já não tinha mais esperanças, já havia desacreditado do amor.
Seu sorriso sempre constante se perdera em algum lugar que nem ela sabe.
Seu mundo perdera o brilho, perdera a cor, perdera o sentido.
Tinha cansado de procurar incessantemente por alguém que lhe trouxesse a felicidade e só se deparara com mentiras, fracassos e decepções.
Mas é sempre assim, quando o coração distrai, e a sorte vem. E foi então que ele apareceu.
Chegou de um jeito misterioso, da maneira mais improvável possível.
Ele chegou, e invadiu.
Passava longe de ser a perfeição que ela sempre buscara, mas ele a ensinou sorrir novamente, pintou seu mundo com as cores que ela já tivera esquecido como a alegravam.
Foi aí que ela entendeu então, que ela não precisava de uma pessoa perfeita, mas sim, um homem com defeitos como qualquer um, que em suas imperfeições lhe fizesse sorrir, lhe fizesse tentar o decifrar. Fizesse com que ela sentisse saudades e se preocupasse para ter certeza de que estaria dando o valor que ele merecia. Que a corrigisse quando estivesse errada, que sentisse ciúmes e a recíproca fosse verdadeira. Que brigasse com ela para amá-la ainda mais quando fizessem as pazes, que sentisse vontade de sua companhia.
Quem podia acreditar que a imperfeição trouxe de volta a felicidade à doce menina ?